domingo, agosto 29, 2021

29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo: onde há fumaça, há fogo e, câncer!

O cigarro está relacionado a quase todos os tumores, com particular importância para as neoplasias de pulmão, cabeça e pescoço, bexiga e trato gastrointestinal (Foto: Banco Mundial/ONU/Divulgação)

Neste domingo, 29 de agosto, é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que tem o objetivo de alertar e chamar a atenção da sociedade para as implicações sanitárias, sociais e econômicas que esse terrível hábito pode trazer para nossas vidas. São mais de 4.800 compostos químicos em um único cigarro, dentre os quais mais de 70 são sabidamente cancerígenos. “O tabagismo é a maior causa evitável de adoecimento e morte em todo mundo, sendo responsável por mais de 7,5 milhões de mortes ao ano em todo planeta e mais de 200 mil mortes ao ano somente no Brasil. São mais de 400 mortes ao dia no país relacionadas às doenças provocadas pelo cigarro. Portanto, estamos falando de uma pandemia global, silenciosa e sorrateira, que existe há várias décadas e somente nos últimos anos começou realmente a ser enfrentada”, alerta o oncologista Vinícius Corrêa da Conceição, do Grupo SOnHe- Oncologia e Hematologia.

De acordo com o oncologista Rafael Luís, do Grupo SOnHe, a nicotina presente no cigarro atinge rapidamente o cérebro e, em menos de 10 segundos, libera vários neurotransmissores relacionados à sensação de bem-estar e prazer, como a dopamina. “Por isso, é um hábito difícil de abandonar. Daquelas pessoas que desejam largar o vício, menos de 10% tem sucesso sem ajuda de um profissional”.

Segundo Dr. Rafael, o cigarro é disparado o maior fator de risco para o desenvolvimento de câncer e está relacionado a quase todos os tumores, com particular importância para as neoplasias de pulmão, cabeça e pescoço, bexiga e trato gastrointestinal. “Especialmente, em relação ao câncer de pulmão, 15% de quem fuma deverá desenvolver esse tipo de câncer em algum momento da vida, além disso, 80 a 90% de quem tem o diagnóstico de neoplasia pulmonar é tabagista. Ainda: cerca de 80% dos tumores de pulmão são descobertos em fases avançadas, com metástases, quando o câncer já se espalhou pelo corpo e a chance de cura é muito baixa. São 1,8 milhões de casos novos de câncer de pulmão diagnosticados todos os anos no mundo, com 1,6 milhões de mortes”, afirma.

Outros tumores

Cerca de 80% dos tumores de cabeça e pescoço, que é o terceiro tipo de câncer mais comum no Brasil,e por volta de 70% das neoplasias de bexiga também estão relacionados ao tabagismo. “O cigarro, portanto, tem um poder destrutivo imenso capaz de comprometer a qualidade de vida e ceifar vidas de pessoas, muitas vezes, ainda jovens e produtivas”, afirma Dr. Vinicius.

Além disso, o tabagismo é o segundo fator de risco mais importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares(perdendo apenas para hipertensão arterial), lembrando que essas doenças são as que mais matam no Brasil e no mundo. Cerca de 2 milhões de pessoas morrem ao ano por doenças cardíacas provocadas pelo cigarro. O cigarro aumenta o risco de infarto agudo do miocárdio, arritmias cardíacas, miocardites e de mortes súbitas.

O cigarro e a COVID-19

Além do cigarro, desde final de 2019, o mundo vive um dos momentos mais dramáticos da sua história com o surgimento e explosão do SARS-CoV-2. “Nada ocupou mais o noticiário e nossas vidas nos últimos meses do que essa crise sanitária que vem mudando nossa forma de nos relacionar. Já foram mais de 560 mil mortes no Brasil por COVID-19 desde o início da pandemia e mais de 4 milhões de mortes no mundo. Ainda assim, como já dito, o cigarro mata por ano quase o dobro do que o número de vítimas causadas pela COVID-19 em quase 2 anos”, afirma o médico.

O cigarro é, ainda, o principal fator relacionado às doenças respiratórias como asma, bronquite e enfisema pulmonar. E, nesse caso, não tem como não associar o cigarro à COVID-19. É inegável que a “pandemia” do cigarro agrava a doença causada pelo coronavírus. Logo no início da pandemia, em 2020, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, em Wuhan, na China, haviam constatado que as chances de progressão da doença e de óbitos entre fumantes eram 14 vezes maiores do que em não fumantes. “O cigarro provoca uma inflamação crônica nos pulmões, causando distúrbios pulmonares graves, além de – sabidamente – reduzir a imunidade de quem fuma. Se o coronavírus provoca pneumonia e afeta os pulmões, é claro que o dano é maior naqueles pacientes que já tem comprometimento do tecido pulmonar causado pelo tabaco. Portanto, uma parcela das pessoas que morreram pela COVID-19, indiretamente, são vítimas do cigarro”, explica o oncologista Rafael Luís.

*Vinícius Corrêa da Conceição é Médico oncologista graduado pela Unicamp, com residência médica em Clínica Médica e Oncologia pela Unicamp. Tem título de especialista em Cancerologia e Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia. Foi visiting fellow no Serviço de Oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO), no Porto. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), da International Association for the Study of Lung Cancer (IASLC), do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), Vinícius é sócio do Grupo SOnHe e atua na Oncologia do Instituto do Radium, do Hospital Madre Theodora, do Hospital Santa Tereza e atua e é responsável técnico da Oncologia da Santa Casa de Valinhos.

*Rafael Luís é mestre em Oncologia pela Unicamp. Tem graduação e residência em Clínica Médica e Oncologia Clínica também pela Unicamp. Realizou Fellowship no MD Anderson Cancer Center Madrid. É membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Rafael faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza, Hospital Madre Theodora e Santa Casa de Valinhos.

Sobre o Grupo SOnHe

O Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia é formado por oncologistas e hematologistas que fazem atendimento oncológico alinhado às recentes descobertas da ciência, com tratamento integral, humanizado e multidisciplinar no Hospital Santa Tereza, Radium Instituto de Oncologia e Madre Theodora, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas, e na Santa Casa de Valinhos. O Grupo oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado por dez especialistas sendo cinco deles com doutorado e três com mestrado. Fazem parte do Grupo os oncologistas André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinícius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Rafael Luís, Susana Ramalho, Leonardo Roberto da Silva e Higor Montovani e os hematologistas Bruno Kosa Lino Duarte e Sonia Iantas.

Saiba mais: no portal www.sonhe.med.br e nas redes sociais @gruposonhe.

Assessoria de Imprensa SOnHe

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