Coordenadora do observatório disse que equipamento
 já monitorou mais de 30 asteroides
Situado na cidade de Itacuruba, a 466 
quilômetros do Recife, o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica
 (Oasi), em funcionamento desde 2011, começa a colher os frutos dos 
investimentos milionários. No início deste ano, o telescópio – segundo 
maior em solo brasileiro – recebeu da União Astronômica Internacional 
(IAU), instituição máxima da área de astronomia, o código único de 
identificação: o Y28. Com isso, entra na rota mundial dos programas de 
busca por corpos que têm risco de colidir com a Terra. Os programas, em 
sua maioria, estão concentrados no Hemisfério Norte.
As conquistas recentes do projeto 
Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra
 no Observatório Nacional (Impacton), do qual o observatório faz parte, 
estão expostas no estande do Observatório Nacional, na ExpoT&C, 
durante a 65ª SBPC.
A coordenadora do projeto, Daniela 
Lazzaro, explica que o credenciamento traz respeito internacional e 
coloca o Oasi no circuito de observação. “Com o telescópio é possível 
determinar a posição de vários asteroides. Já monitoramos mais de 30 
corpos”, explica. Segundo a pesquisadora, cientistas interessados em 
observar asteroides e cometas em risco de colisão com a Terra, no 
Hemisfério Sul, podem solicitar um tempo e utilizar o equipamento.
Pesquisas do Impacton já originaram tese de mestrado e renderam participação em congressos mundiais. A manutenção do equipamento, explica Daniela Lazzarro, é baixa. “O custo maior foi a instalação, que demandou R$ 2 milhões. Os gastos são com a energia e pequenos reparos.”
O telescópio robótico tem 4,2 metros de 
altura, espelho de um metro e pesa 3,2 toneladas. “Em solo brasileiro, 
só perde para o de Minas Gerais. E o mais importante é porque está 
voltado para uma parte do céu pouco estudada”, diz a astrônoma.
Itacuruba foi escolhida para receber o 
observatório por ter o clima seco, com ausência quase total de chuva, 
localização na latitude sul, além de baixa luminosidade.
A preocupação com a interferência de 
luzes no céu noturno é tanta que a equipe do Impacton iniciou no 
município e em cidades vizinhas campanha para que postes de iluminação 
pública e refletores dos campos de futebol estejam voltados para o solo.
Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Jornal do Commercio
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