sábado, agosto 03, 2019

Canal da Transposição do Rio São Francisco tem rachaduras erosão e mato, denuncia perito do Ministério Público Federal (MPF)

Canal da transposição do rio São Francisco na Paraíba apresenta problemas estruturais, segundo MPF. Imagem: Divulgação/MPF
Rachaduras e problemas no revestimento estão entre os problemas apontados pelo MPF Imagem: Divulgação/MPF.


Uma vistoria técnica feita nas obras do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco na cidade de Monteiro, no Cariri paraibano, constatou que as obras apresentam rachaduras em vários trechos, que podem ter sido causadas por impropriedades na concepção ou execução da obra. O canal está sem receber água há mais de cinco meses após o bombeamento ser suspenso devido a um problema na barragem de Cacimba Nova, em Pernambuco.

A informação técnica da vistoria, feita por um perito do Ministério Público Federal (MPF) e divulgada na segunda-feira (29) tem informações que são contrárias às hipóteses levantadas pelo Ministério de Desenvolvimento Regional que, por nota, sugeriu que as fissuras nas placas do canal teriam sido “em decorrência das altas temperaturas na região durante o dia e constante exposição ao sol, além de baixas temperaturas à noite”.

'Minhas músicas são protestos para que governantes olhem para o Nordeste': Reportagem de O Globo resgata uma entrevista com Luiz Gonzaga, 30 anos após sua morte

Luiz Gonzaga toca em Pernambuco, durante visita do Papa João Paulo II, em 1980 | Agência O Globo/07-07-1980

Luiz Gonzaga toca ao lado do filho Gonzaguinha, durante gravação de especial | Agência O Globo/17-04-1981

O cantor e compositor Luiz Gonzaga foi um dos maiores reponsáveis por disseminar a música e a cultura nordestina pelo país. Autor de clássicos como "Asa branca", "Xote das meninas" e "Olha pro céu", o Rei do Baião faleceu no dia 2 de agosto de 1989, aos 76 anos. Para marcar os 30 anos do filho mais famoso de Exu, no interior de Pernambuco, o Blog do Acervo resgatou uma entrevista exclusiva concedida pelo músico ao antigo GLOBO-Leopoldina. A conversa foi publicada em 31 de junho de 1985, após um show no Pavilhão de São Cristóvão, no Rio, local hoje chamado de Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga.

Seis grupos já tinham se apresentado no sábado quando Tito Santos, um dos mestres de cerimônia da noite, chamou ao palco do Pavilhão de São Cristóvão o homenageado especial do Forró in Rio: "Com vocês, o Rei do forró, Luiz Gonzaga." Sob os aplausos delirantes, entra em cena o mais famoso sanfoneiro do Brasil. Calça vermelha, camisa branca, capa de couro e chapéu de nordestino, Luiz Gonzaga avisa que não está muito bom: uma bronquite e uma "lombeira" causada pela viagem que acabara de fazer de volta do Pará, para onde tinha ido na véspera.

Mas, aos primeiros acordes de sua sanfona prateada, a plateia foi tomada pelo ritmo marcado do forró de Luiz Gonzaga. Ninguém se importava com a voz rouca e cansada do sanfoneiro, nem com as falhas na acústica do Pavilhão. Mesmo sentado em seu banquinho ("Eu sou um velhote e já não aguento ficar de pé durante todo o show"), e cercado pelo balé das "Forró girls", Gonzagão se destacava e abraçava com sua música todo o Pavilhão. Minutos antes de contagiar toda a plateia, Luiz Gonzaga falou de seu papel político no Brasil, de suas esperanças na Nova República, de sua preocupação com o Nordeste e da pouca atenção que os grandes centros dão aos sanfoneiros e à música dos "matutos" que cantam a realidade do Brasil Rural.

Como se sente o rei do forró em mais um show para angariar fundos para o Nordeste?

Estou aqui no Forró in Rio como um profissional. Não me sinto inteirado dessa causa porque não participei dessa promoção e não conheço as pessoas que estão promovendo este show. Faço votos que colha bons resultados, mas depois de 40 anos encabeçando movimentos pelo Nordeste e de tantas decepções ao perceber que os resultados nunca chegavam lá, não quero me envolver mais nesse tipo de promoções. Já sofri muito com isso e agora resolvi trabalhar pelo nordestino lá mesmo, no Nordeste. Isso não significa que eu esteja duvidando das intenções desse Forró in Rio.

Descartadas as festas beneficentes como forma de ajudar os nordestinos carentes, em que se resume seu trabalho em favor de seus conterrâneos?

Meu trabalho é político. Como sanfoneiro, faço política com minha sanfona. Minhas músicas são protestos e advertências para que os governantes olhem para o Nordeste. É preciso que o Brasil tenha consciência do que é o sertão. Através da música, nós, os sanfoneiros, tentamos falar dos problemas da nossa terra e das carências da nossa gente.

O senhor tem esperanças de que a Nova República modifique esse quadro?

Estou muito confiante no governo do Presidente Sarney. Ele, pelo menos, já nos deu um bom sinal de que está preocupado com os problemas do Nordeste e de seu povo, ao anunciar a aplicação de Cr$ 3 trilhões para recuperar a economia e restaurar as áreas nordestinas devastadas pelas enchentes. Acho que neste governo o Nordeste finalmente vai ter vez.

E a cultura nordestina, vai conseguir sair de sua terra natal e ganhar os grandes centros?

Duvido muito. Acho muito difícil mudar isso. O forrozeiro e o sanfoneiro no Brasil são profissionais sem oportunidade de trabalho. Nós nos sentimos marginais porque os grandes centros como o Rio, por exemplo, não têm identificação com a nossa cultura rural, matuta, de roça. Com isso, nossa música raramente é tocada nas rádios cariocas. Mas, por outro lado, os sanfoneiros também são perseguidos no Nordeste porque lá só são valorizados os que tiveram sucesso nos centros. O cara da terra, que fica lá, acaba desprestigiado, porque "se fosse bom, estava nas capitais". Como, para fazer sucesso no Nordeste, tem que ter uma temporada de sucesso aqui, e como aqui ninguém dá vez à cultura dos nordestinos, os pobres dos sanfoneiros ficam no meio do mundo sofrendo. Eu, que sou um sanfoneiro bem-sucedido, não posso contar com os grandes centros. Se você reparar, aqui no Rio só deve ter uns dois forrós, e mesmo assim só na periferia, porque os do Centro da cidade são perfumaria, fachada pura. Você veja só uma coisa: eu sou o criador da música "Asa branca", não sou? Pois bem, aqui no Rio tem uma casa com esse nome, uma gafieira, e eu nunca fui convidado a cantar lá. É uma casa de luxo, com orquestra boa e tudo. Mas forró não tem. O forró representa uma outra cultura que não interessa ao Rio. Agora, por exemplo, que é mês de festa junina, de música caipira, eu já estou com 20 contratos fechados lá na minha terra, mas aqui não me foi oferecido nenhum. Os meus discos de ouro, quem me dá é o Nordeste. Enquanto eu vendo 100 mil discos em Pernambuco, aqui no Rio a faixa de vendagem cai para 10,20 mil

O senhor acha que o recém-criado Ministério da Cultura, embora ainda sem programa, poderia impulsionar a cultura nordestina no sentido de criar uma estratégia que dê mais espaço para ela nos grandes centros?

Sem dúvida, acho que o Ministério da Cultura poderia resolver esse problema de discriminação cultural contra o Nordeste. Mas, infelizmente não creio que a ideia do ministério vá vingar. Acho que vamos ficar mesmo é com uma secretaria e, aí a autonomia do titular vai ser bem menor.

Por O Globo

Saiba como se defender do novo pente-fino do INSS



O INSS pretende analisar até 3 milhões de benefícios com indícios de fraude ou irregularidades no novo pente-fino do órgão, que foi iniciado no dia 12 de agosto.

Neste primeiro momento, a revisão será de forma administrativa, em todos os tipos de benefícios, com exceção dos pagamentos por incapacidade. Mas o programa do governo prevê convocar também aposentados por invalidez e beneficiários de auxílio-doença que não passam por perícia há mais de seis meses.

As notificações serão feitas pelo INSS nas próximas semanas, primeiro por caixa eletrônico, no saque do benefício, e, se necessário, por carta para o endereço cadastrado no órgão.

Petrobras reduz preço do gás de cozinha nas refinarias


A Petrobras reduziu o preço do gás de cozinha (GLP) vendido nas refinarias às distribuidoras para botijões de 13 quilos de R$ 26,20 para R$ 24,06. O novo preço entra em vigor na próxima segunda-feira nas unidades da empresa. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), a queda do GLP residencial oscilará entre 6,5% e 12% nas refinarias.

De acordo com a Petrobras, para ser comercializado em botijões de 13 quilos, o gás de cozinha tem o preço de venda formado pela média das cotações dos gases butano e propano no mercado europeu, mais uma margem de 5%. Os reajustes passaram a ser trimestrais em janeiro do ano passado.

sexta-feira, agosto 02, 2019

Petrolândia: Contra a Lei nº 13.855/19 sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, motoristas de vans bloqueiam a BR-316


Na manhã desta sexta-feira (02/08/2019), a ponte de acesso ao município de Petrolândia, na BR-316, no Sertão de Pernambuco, foi interditada por Motoristas de transporte alternativo. O ponto foi liberado por volta das 10h após ficarem cerca de meia hora fechado, quando já se avistava grande quantidade de carros há espera da liberação da rodovia. O protesto pacífico foi acompanhado pela polícia militar e Corpo de Bombeiros.

Além dos condutores de veículos de Petrolândia, vários motoristas de transportes alternativos de cidades vizinhas também participaram do protesto.

O movimento foi motivado pelas exigências para a categoria propostas por um decreto presidencial. 
De acordo com os manifestantes, eles são prejudicados pela Lei 13.855/19, publicada no Diário Oficial no último dia 9 pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, que aumenta a punição para os transportes alternativos. A lei altera o Código de Trânsito Brasileiro, classificando o transporte alternativo como infração gravíssima.

Por conta da lei, os trabalhadores em transportes alternativos buscam o diálogo para a regularização da atividade.

Os trabalhadores em transportes alternativos de Petrolândia e região alegam que os transportes são responsáveis pela geração de centenas de empregos na região. Caso não aconteça a regulamentação, vários pais de famílias vão ficar desempregados.


Por volta das 11:h00, após a liberação do trânsito na rodovia, os manifestantes seguiram em passeata pelas ruas e avenidas da cidade, passando em frente a prefeitura, e o ato teve fim no ponto onde se iniciou a manifestação.

De acordo com informações passadas a nossa reportagem, por lideranças do movimento, na próxima segunda-feira (05) haverá um encontro com vereadores na Câmara de Petrolândia. Na terça-feira, será a vez de diálogo com a prefeita de Petrolândia, Janielma Souza.

Ver abaixo vídeos e fotos da manifestação




Presidente da Câmara de vereadores de Petrolândia, Joilton Pereira, em apoio a manifestação
SINSEMPE - Sindicato dos Servidores Municipal de Petrolândia, em apoio a manifestação
Evaldo Nascimento, vereador de Petrolândia, em apoio ao movimento

Veja também


Redação do Blog de Assis Ramalho
Vídeos e fotos: Assis Ramalho/BlogAR

Petrolândia: Dr.Rommel Alencar, Fisioterapeuta, é o mais novo conveniado ao ALFA SAÚDE; adquira seu cartão de desconto!

Quando pensamos em Fisioterapia,seu nome vem logo na mente: Dr.Rommel Alencar, atua na área de Fisioterapia Motora e Respiratória,um profissional experiente e atencioso, ele é o mais novo conveniado ALFA SAÚDE! Peça já o seu cartão de desconto e use já,sem carência e sem limite de idade! Pra você e toda sua família!
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Da Redação do Blog de Assis Ramalho
Divulgação/Alfa Saúde

Planeta potencialmente habitável é descoberto em novo sistema solar


Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um novo sistema solar com um planeta, o GJ 357, que poderia ser "habitável" - disse à AFP, nesta quinta-feira (1º), o astrofísico espanhol Rafael Luque, que liderou as buscas.

Três novos planetas foram descobertos em órbita ao redor de GJ 357d, uma anã vermelha - uma pequena estrela na fase de resfriamento. Eles formam um sistema solar localizado a 31 anos-luz da Terra, a uma distância relativamente pequena na escala espacial, detalhou Luque, do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.

A descoberta foi feita, graças aos dados fornecidos pelo satélite Tess da Nasa (a agência espacial americana), especializado na busca de exoplanetas - localizados fora do nosso sistema solar.

O mais distante da estrela, o planeta é de particular interesse para os pesquisadores, que acreditam que pode ser habitável. Os outros dois são muito quentes.

Os critérios usados para medir a habitabilidade de um planeta incluem solo rochoso, um tamanho similar à Terra e uma distância que não é muito pequena nem muito grande em relação à sua estrela, de modo que a temperatura seja propícia à presença de água líquida. Este último é um ingrediente-chave para permitir o desenvolvimento da vida.

Dada sua distância de sua estrela, muito próxima da que existe entre o planeta Marte e o nosso Sol, os pesquisadores estimam que as temperaturas do planeta GJ 357d sejam em torno de -53ºC. "Parece um pouco frio à primeira vista. Mas, se a atmosfera for densa (ao contrário de Marte), o efeito estufa aqueceria a superfície, e a água poderia ser líquida", diz Luque.

Os pesquisadores acreditam que o GJ 357d possa ser de uma a duas vezes o tamanho da Terra. Este planeta não é o primeiro potencialmente habitável a ser descoberto perto de nós. Em 2016, a descoberta de Proxima b, a apenas quatro anos-luz de distância do nosso sistema solar, causou sensação. O problema nessas descobertas está no método usado.

Proxima b e GJ 357d foram descobertos pelo método da velocidade radial, que consiste em localizar a oscilação causada na estrela pela gravidade exercida por um planeta em órbita.

Segundo Rafael Luque, porém, esse método não confirma se o planeta é habitável. Para isso, é necessário utilizar a técnica de trânsito, que possibilita medir seu tamanho, depois calcular sua densidade e sua composição (gasosa, ou não).O planeta deve passar diretamente entre sua estrela e o observador, uma condição difícil de ser cumprida. Para Proxima b, mostrou-se impossível.

Luque e sua equipe tentarão nos próximos meses observar o GJ 357d em "trânsito" para confirmar se a vida pode se desenvolver lá, ou não. "Mas a probabilidade de um planeta passar por uma estrela no eixo de nossa visão da Terra é muito pequena", diz ele.

Por: AFP