Rio Teles Pires
Organizações sociais e movimentos indígenas divulgaram na quarta-feira passada (8) uma nota pública em repúdio a suspensão da liminar que paralisava o licenciamento ambiental da
Usina Hidrelétrica de São Manoel, até que fossem realizadas consultas aos povos indígenas potencialmente impactados pelas obras. O recuo foi considerado um “ataque pelas costas” aos indígenas.
A reportagem foi publicada pelo sítio
Amazônia, 09-10-2014.
Segundo a nota o projeto de São Manoel foi paralisado cinco vezes por desrespeitar as populações ameaçadas. “Planejada a menos de um quilômetro dos limites da Terra Indígena Kayabi, a usina afetará as aldeias Munduruku do Teles Pires e causará impactos severos sobre populações Apiaká em isolamento voluntário”.
O responsável pela decisão foi o desembargador Candido Ribeiro a pedido da Advocacia Geral da União (AGU) que alegou que a paralisação iria interferir no cronograma estabelecido pelo Poder Público para o empreendimento, o que poderia causar “grave lesão à ordem e à economia públicas”.
Leia abaixo a nota na íntegra:
Governo Federal promete mudanças, mas volta a atacar indígenas pelas costas
Excluídos ao ponto de quase inexistência do debate eleitoral do último período, os povos indígenas da Amazônia foram vítimas de mais um brutal atentado por parte do Judiciário, impelido pelo governo, ao verem negado, por meio de uma suspensão de liminar, seu direito à consulta sobre o empreendimento hidrelétrico de São Manoel, no rio Teles Pires, fronteira entre o Mato Grosso e o Pará.