segunda-feira, abril 13, 2020

Professora de 42 anos que morreu com Covid-19 não tinha problemas de saúde, diz prefeitura de cidade catarinense

Professora de 42 anos morreu no sábado em SC com Covid-19 — Foto: Prefeitura de Sombrio/Divulgação
Ana Claudia chegou a fazer postagens informando que não estava saindo de casa — Foto: Facebook/Reprodução

A professora Ana Claudia José Luiz, uma das seis pessoas que tiveram as mortes por Covid-19 confirmadas pelo Governo do Estado no fim de semana, dava aulas para as séries iniciais de escolas públicas em Sombrio, no Sul catarinense. A vítima de 42 anos não tinha problemas de saúde, segundo a prefeitura do município.

Santa Catarina tem ao todo 776 casos de coronavírus e 24 mortes confirmadas. A quarentena foi prorrogada no estado, mas com liberações de alguns setores a partir desta segunda-feira (13), como restaurantes, comércio de rua e hotéis.

Neste ano, a professora dava aulas em duas escolas municipais e uma estadual como professora temporária. Todos os anos a pedagoga prestava o concurso para ACTs. "Lamentamos, pois não só perdermos uma profissional competente, mas uma amiga de todos. Ana Claudia dava aula nas escolas Fioravante Minatto, comunidade de Garuva, e Alcides de Souza Pereira", informou a prefeitura em nota.

Ela estava internada no Hospital Regional de Araranguá na unidade de terapia intensiva (UTI). Segundo a Prefeitura de Sombrio, Ana deu entrada no hospital da cidade em 29 de março com suspeita da doença. No mesmo dia a coleta para o teste de coronavírus foi feita e ela foi levada para o hospital regional. O marido dela também apresentou sintomas, mas não precisou ser hospitalizado. O quadro da mulher se agravou e ela precisou ser levada para a UTI. A morte ocorreu no início da manhã de sábado (11).

De acordo com a prefeitura, desde que as aulas foram suspensas, ela cumpria a quarentena com a família em casa, respeitando o isolamento. O marido ia sozinho ao supermercado, quando necessário.

A família informou à Secretaria de Saúde que não sabe como ela pode ter contraído coronavírus. Ana Cláudia nasceu em Sombrio, onde morava com o marido e as filhas. Ela também deixa um neto de 4 anos. Segundo a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, as pessoas que moravam com ela estão cumprindo isolamento e sendo monitoradas.

"Todos os sombrienses que, nos últimos 20 dias, tiveram contato com a professora que nos deixou, devem procurar o Centro de Triagem, caso tenham sintomas gripais. [...] Na ficha de notificação consta que ela não viajou e não tinha doença crônica", ainda informou em nota a prefeitura de Sombrio, que reforçou o apelo para que as pessoas fiquem em casa.

Outras cinco mortes confirmadas no fim de semana

Além de Ana Cláudia, o governo confirmou a morte do quarto idoso da uma casa de repouso em Antônio Carlos, na Grande Florianópolis, e de uma mulher de 26 anos em Itajaí, no Vale.

A moradora de Itajaí estava internada desde 27 de março na UTI de um hospital particular em Balneário Camboriú. Segundo a prefeitura, a mulher apresentou os primeiros sintomas em 20 de março. Ela tinha problemas cardíacos, pulmonares e renais e morreu na manhã de sábado.

No domingo (12), o Governo do Estado confirmou outras três mortes pelo Covid-19: de um homem de 37 anos de Urussanga, no Sul catarinense, uma mulher de 63 anos de Indaial, no Vale do Itajaí, e um idoso de 82 anos de Tubarão, também no Sul do estado.

Segundo o Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão, o idoso morreu na tarde de domingo. Ele foi internado em 28 de março e no dia 3 de abril foi levado para a unidade de terapia intensiva. O paciente era cardiopata e hipertenso. Ainda conforme o hospital, a confirmação do diagnóstico saiu em 5 de abril.

Conforme as orientações sanitárias, todas as vítimas foram sepultadas ainda no mesmo dia, sem velórios, segundo as prefeituras onde as vítimas fatais moravam. No caso da professora Ana Cláudia, a família viu o enterro de longe, no cemitério da cidade.

Até a publicação desta reportagem, o G1 tentava contato com as prefeituras de Indaial e Urussanga para informações sobre as demais vítimas.

Por G1 SE

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