domingo, outubro 20, 2019

Uma mídia que se alimenta do ódio: do antipetismo ao antibolsonarismo


Por Raphael Silva Fagundes
Para a Revista Fórum

Em vez de assumirem que o Brasil de hoje foi um projeto da mídia, que incutiu o antipetismo na população, os jornalistas de aluguel, bancados pelos investidores, agora destilam todo o seu ódio e rancor contra Bolsonaro e seu governo.

Após promover a imagem diabólica de Lula, entregando o país para o que há de mais obscuro na política, a corporação midiática da família Marinho quer limpar a sujeira que ajudou a fazer. Jornalistas do porte de Merval Pereira, que afirma que “Bolsonaro é um político de baixo clero, que nunca deveria ter assumido a presidência”, foram contumazes militantes na construção do ódio ao PT, concentrando toda a corrupção existente no país na sigla.

É uma imprensa que se alimenta do ódio.

A Globo foi a corporação midiática que contribuiu na disseminação da maior fake news de todas: a de que o PT quebrou o Brasil. E os eleitores de Bolsonaro (alvos dessa lavagem cerebral) devem agradecer muito a ela, caso contrário, o seu “mito” jamais chegaria onde chegou.

Foi o conglomerado da família Marinho que criou o monstro que os empresários e o Judiciário ajudaram a crescer solto. Até porque “o autoritarismo não surge do nada. Os demagogos não podem florescer no meio de instituições funcionais, justas e imparciais”, já destacavam Glenn Greenwald e Victor Pougy. E a nossa mídia, aliada a um Judiciário que não pune certos políticos por racismo, por incitar o ódio, por candidaturas laranjas ou por envolvimento com milícias, revela sua parcialidade forjando, na cara dura, tiranos.

“A crise de vários megatons que explodiu no PSL é a prova mais clara da incapacidade política do presidente Jair Bolsonaro”, diz agora Miriam Leitão. Em 2015 ela dizia que “o pântano em que estamos foi provocado por barbeiragem do governo” (1). Leitão é uma das principais protagonistas da edificação desse governo incompetente, ao denegrir com afinco uma política econômica que – infimamente, vale lembrar – abria espaço para a grande parcela da população desprivilegiada. Mas os lucros deveriam vir na frente.

À época, Miriam Leitão dizia: “Mesmo depois de quebrarem o país, não se dão conta do que fizeram”. Parece exatamente com o que ela e outros jornalistas do grupo Globo estão fazendo: ajudaram a colocar o Brasil nesse abismo e fingem não terem nada a ver com isso.

Em 2018, Carlos Alberto Sardenberg buscava passar um verniz na face fascista de Bolsonaro, devido ao desempenho ridículo do PSDB, partido de preferência da Globo (2). Hoje, já chama o presidente de “grotesco” (3).

Vão tentar limpar a sujeira que fizeram apoiando Doria ou Luciano Huck. Inclusive, já fizeram pesquisa que mostram Huck vencendo Haddad e empatando com Bolsonaro. São sujos e manipuladores. A vitória de Luciano Huck seria a ampliação dos tentáculos do grupo Globo na política, hoje influenciada por membros de outras emissoras.

Além disso, a meta é dar prosseguimento, de forma mais “competente”, à política econômica de Paulo Guedes de destruição do setor público e maximização dos lucros empresariais.

De certa forma, portanto, o ódio fomentado por essa imprensa, tanto contra o PT quanto contra Bolsonaro, serve de véu para esconder/promover o projeto econômico de leilão do país. Primeiro, demonizaram o PT por este não ter posto em prática o que os investidores queriam. Agora, demonizam Bolsonaro pela incompetência de seu governo em realizar o que tanto almejam.

Tomara que a esquerda não se seduza com as críticas da Globo feitas a Bolsonaro e, levianamente, esqueça do que a corporação fez com o Brasil. Após apoiarem a ditadura militar, pediram desculpas, agora querem se livrar da monstruosidade política que ajudaram a criar.

*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.

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