Ataque a escola em Suzano mostra a força das mulheres: "sou apenas uma sobrevivente, uma pessoa guerreira", diz uma delas

Em reportagens publicadas desde a última quarta-feira (13), após o ataque de dois ex-alunos que causaram a morte de estudantes e de um funcionário da Escola Estadual Raul Brasil, no município de Suzano, região do Alto Tietê, em São Paulo, foram citados exemplos da coragem de mulheres que ajudaram a salvar vidas.

A merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes de 54 anos ajudou a esconder mais de 50 estudantes na cozinha. Silmara disse que os funcionários fizeram barricada com geladeira e freezer. Uma mesa foi usada como escudo.


Entre os alunos, uma estudante de 15 anos agora é chamada de heroína pelos vizinhos. Ela recusa o título. Na tentativa de fugir, a garota, que é faixa branca de jiu-jitsu, usou a arte marcial para se livrar de um dos atiradores. Ela ainda conseguiu abrir a porta de entrada e da escola para que outros estudantes pudessem escapar.

"Sou uma sobrevivente, uma pessoa guerreira. Eu fico emocionada e ao mesmo tempo fico triste pelas famílias dos colegas que morreram. Uma felicidade também grita no coração porque poderia ser pior, mas Deus me colocou lá para evitar a tragédia e eu fico grata por isso: mais uma chance de vida", disse a moça humilde que sonha em ser delegada. 

Por estes e outros exemplos de coragem, de fazer mais do que seria esperado do "sexo frágil" (covarde nunca), as mulheres merecem mais do que flores, bombons e "dia de beleza" para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A data é de luta e resistência política. Mais do que ser lembradas, de modo especial, em um dia do ano, as mulheres merecem respeito e reconhecimento o ano inteiro, porque o dia de luta e resistência da Mulher - pela sua vida e, às vezes, pela vida de outros - são todos os dias de sua vida.  

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Redação do Blog de Assis Ramalho
Com informações do G1