sexta-feira, outubro 30, 2015

Oswaldo pediu a punição dos jogadores do Flamengo: ‘Partiu de mim. Erraram comigo.’


O técnico Oswaldo de Oliveira falou nesta sexta-feira sobre a punição aos cinco jogadores que participaram de uma festa e comentou sua situação delicada no comando do Flamengo. Com membros da diretoria ensaiando um suporte na sala de entrevistas do Ninho do Urubu, o treinador fez uma análise da semana.

– Atirem a primeira pedra - descontraiu, para depois ele mesmo atirar uma pedra nos atletas afastados: – Essa questão é o seguinte: nos reunimos com Gerson, Rodrigo. Eu queria puni-los. Partiu de mim. Erraram comigo. Tenho pedido comprometimento. Entrega. Que a gente faça um esforço maior para voltar a ganhar jogos. Essa é a retórica diária. Eu os afastaria desse jogo e combinamos de esgotar o assunto, ontem, com a presença deles com as medidas finais. Não podia partir só de mim. A intenção era analisar a situação. A maioria já cometeu falhas aqui também. (Isso) Abalou a integridade do grupo. Me surpreendeu a notícia ser dada antes do que havia sido combinado aqui. Falo sempre em sono, alimentação, abstinência alcoólica. Partiu de mim a punição – contou.


Desde quarta-feira, Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Pará e Paulinho estão afastados do time e ainda foram multados em 30% do salário. O técnico não questionou o fato de os jogadores terem bebido ou não, mas sim a falta de disciplina perante o pedido feito por ele a todos os atletas, de comprometimento com o time na reta final do Brasileiro.

– Não existe disciplina tática se não houver disciplina de comportamento. Jogador faz coisas que operário faz. Mas não é operário. Faz coisas de artista. Mas não é artista. Precisa do aprimoramento físico. Tem que abdicar. Tem dez anos de plenitude. Pode fazer o que quiser depois. Pode beber cerveja? Pode. Mas quantas? Sempre falei isso aos jogadores – disse.

Pela manhã, Oswaldo comandou um treino tático aberto e definiu o time que enfrenta o Grêmio mantendo as mudanças de quinta. Ao final do trabalho, os atletas treinaram cobranças de faltas e pênaltis.

O Flamengo vai entrar em campo com Paulo Victor, Ayrton, César Martins, Wallace, Jorge, Márcio Araújo, Canteros, Jajá, Luiz Antônio, Gabriel e Guerrero. A partida contra o Grêmio será neste domingo, às 17h, na Arena, em Porto Alegre, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Confira outros pontos da coletiva:

GRUPO ABALADO

"Estão muito tristes e mas conscientes do que tem que ser feito para a equipe fazer boas partidas".

APROVEITAMENTO DOS AFASTADOS

"Nós iríamos arrastar até ontem para conversamos e decidirmos. Vamos examinar. Eles têm direito de errar. (Quando erram) Repetidamente a punição tem que ser mais alta. Eu gosto deles. São bons meninos e acredito que podem dar a volta por cima e nos ajudar".

A SEMANA

"Semana diferente por conta da reconstrução da equipe. Usei os dois dias para dar um entendimento aos atletas para um jogo difícil".

GUERRERO

"Com vários jogadores acontece isso e depois voltam a fazer gols. Queremos que ele volte a fazer gols. Ele é a principal estrela e pesa um pouco mais a preparação mental para a partida. Chama muita atenção o atacante porque tem que fazer gols".

AFASTADOS

"Essa questão é o seguinte: nos reunimos com Gerson, Rodrigo. Eu queria puni-los. Partiu de mim. Erraram comigo. Tenho pedido comprometimento. Entrega. Que a gente faça um esforço maior para voltar a ganhar jogos. Essa é a retórica diária. Eu os afastaria desse jogo e combinamos de esgotar o assunto, ontem, com a presença deles com as medidas finais. Não podia partir só de mim. A intenção era analisar a situação. A maioria já cometeu falhas aqui também. (Isso) Abalou a integridade do grupo. Me surpreendeu a notícia ser dada antes do que havia sido combinado aqui. Falo sempre em sono, alimentação, abstinência alcoólica. Partiu de mim a punição".

EDERSON

"A promessa é começar a treinar comigo na segunda para enfrentar o Goiás".

SOBRE O TIME

"Ainda devo testar o Kayke com o Guerrero. Não confirmo o time".

MOTIVO PARA QUEDA

"Não tenho espião para acompanhar a vida de jogador. O operário tem que bater o ponto. Artista tem direito a mídia. O jogador é atleta e tem compromisso. Existem muitos fatores que concorrem para isso e se tivesse conhecimento de todos eles, tentaria sanar sem fazer a equipe passar por essas coisas".

Extra-RJ

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