domingo, novembro 16, 2014

Papa Francisco deve publicar encíclica sobre mudança climática e meio ambiente em 2015


O Papa Francisco deve publicar uma encíclica sobre as mudanças climáticas e planeja convocar uma reunião de líderes religiosos sobre o assunto antes de duas cúpulas importantíssimas sobre o meio ambiente no próximo ano.

A reportagem é de Christopher Lamb, publicado pelo jornal The Tablet, 13-11-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Os desenvolvimentos foram revelados por Dom Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Pontifícia Academia de Ciências, ao proferir a palestra anual Papa Paulo VI na Cafod [agência católica de ajuda externa da Inglaterra e doPaís de Gales], na sexta-feira da semana passada.

Embora se saiba que o Papa Francisco vem trabalhando numa encíclica sobre as mudanças do clima, o ano em que ela seria publicada não havia sido tornado público ainda.

Sorondo, bispo próximo ao papa, disse que a encíclica seria feita em tempo de influenciar as “decisões cruciais no próximo ano”, as quais incluem um encontro em setembro nas Nações Unidas para traçar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e uma outra reunião sobre o clima em Paris, no mês de dezembro.

Sobre o encontro papal, Sorondo disse que o pontífice quer reunir os principais líderes religiosos para “conscientizar todo mundo sobre o estado do nosso clima e a tragédia da exclusão social”.

Em setembro, num artigo para a revista Science, dois acadêmicos pediram por uma “mobilização maciça” da opinião pública por parte do Vaticano e de outras religiões para agir no sentido de proteger o meio ambiente.

Em sua palestra, o religioso falou que se exacerbaram os problemas do mundo natural pelo fato de que a atividade econômica só é medida segundo o produto nacional bruto, que “não considera a degradação do planeta” nem “as desigualdades injustas entre os países e dentro deles”.

Dom Marcelo Sánchez Sorondo contou ao The Tablet que “o Papa Francisco está bem ciente de que as consequências das mudanças climáticas afetam todas as pessoas, mas especialmente os pobres. Eis a consequência moral, o imperativo moral”.

Fonte: IHU Online

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