quinta-feira, agosto 28, 2014

Frases do dia 28/08/2014: Coletânea IHU Online

Fórmula 1

“A situação do mineiro é parecida com a de um piloto de Fórmula1 que vai bem nos treinos, mas sofre um problema inesperado e começa a corrida quase sem chances de vitória. Em 1988, Ayrton Senna deixou o motor morrer na largada do GP do Japão, que decidiria o título, e caiu do 1º para o 14º lugar. Numa atuação épica, voou sobre as zebras, foi para cima dos adversários e ganhou a prova. Dois detalhes atrapalham a comparação. Aécio não demonstra o arrojo de Senna, e o PSDB, assim como a McLaren, não é mais o mesmo” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 28-08-2014.

Agronegócio

“Depois de Aécio Neves (PSDB) confirmar Armínio Fraga como seu nome para a Fazenda, Marina Silva (PSB) se esforça para adiantar o nome para a Agricultura. Ela se (re)aproxima de Roberto Rodrigues, com quem já se bicou nos tempos de Lula” – Carolina Bahia, jornalista – Zero Hora, 28-08-2014.

Nicho sem ídolo

“A volta de Vargas em 1951 foi um caso raro de ditador que retoma legalmente o poder, de certa forma legitimando retroativamente o seu governo de exceção. Mas o Getúlio foi uma caso raro em todos os sentido. Surpreendia que tantas contradições coubessem numa figura tão pequena. Foi um produto da oligarquia rural responsável pela legislação social mais avançada da sua época e líder de um Estado filofascista na origem que se aliou rapidamente à guerra ao fascismo. Nada representa suas contradições, ou a sua esperteza política, melhor do que o que se dizia dele durante seu apogeu, que era o pai dos pobres e a mãe dos ricos. Também podia agradar à esquerda e à direita ao mesmo tempo. A campanha para a sua volta do exílio foi feita em cima de uma marchinha nostálgica que pedia para botarem o retrato do baixinho na parede outra vez. O fim do Estado Novo tinha deixado um branco insuportável nas paredes da nação. Um nicho sem ídolo” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 28-08-2014.

Pijama

“Sempre me intrigou o fato de o Getúlio ter vestido um pijama para se matar. Não era exatamente um traje adequado para deixar a vida e entrar na História tão dramaticamente. Talvez fosse apenas outra contradição: um símbolo de cálida domesticidade e velhos hábitos prestes a ser furado por uma bala no coração. Vá entender” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 28-08-2014.

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