sábado, janeiro 13, 2018

Petrolândia: Praça dos Três Poderes, do luxo ao lixo

Fotos: Lúcia Xavier


É lastimável, para não dizer vergonhosa, a situação da Praça dos Poderes, no trecho entre o Fórum de Justiça e o antigo escritório da Celpe, no centro de Petrolândia. Às vésperas do final do ano passado, a área nobre do logradouro recebeu ornamentação especial para celebrar o Natal e o Ano Novo. Até a fonte luminosa, quebrada e desativada há anos, foi restaurada e posta novamente em funcionamento. Um luxo! Na outra extremidade da praça, nada mudou, nem no Natal. O desmantelo e abandono parecem longos preparativos para construção do almejado estacionamento projetado para o local, mas o silêncio sobre a devastação da área é sinal de que isso não incomoda ninguém. 

A grama secou, árvores morreram e continuam a morrer por falta de água, cortada pelo prefeito anterior. A medida, tomada no início de sua rápida gestão, para economizar os recursos da Prefeitura, não foi revertida por sua sucessora no cargo. Somente pela Providência Divina, com esparsas chuvas, e a resistência natural de algumas espécies nativas ou adaptadas, ali ainda há um resto de verde. Hoje, praticamente um ano após o corte da água, o desaparecimento da grama e as árvores mortas, que bem poderão servir de fogueiras nas próximas festas juninas, continuam a não incomodar ninguém. 

Onde já existiu gramado, onde já existiu jardim, onde já houve sombra de árvores, arbustos e plantas de jardim, só se vê lixo, lixo e mais lixo, despejado ali em unidades, pacotes ou às latas cheias. Entulhos, garrafas de vidro e de plástico, lixo orgânico. Sacos e copos descartáveis jogados propositalmente ou levados pelo vento. Durante a semana, carros estacionam onde já houve grama verde e tudo isso leva à constatação de que, completamente degradado, o trecho abandonado da Praça dos Três Poderes aparenta agora ter mais utilidade do que antes. Já é estacionamento, embora ainda não pavimentado, é sanitário a céu aberto e é um monturo com excelente localização. Por que isso incomodaria alguém? 

Redação do Blog de Assis Ramalho

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