terça-feira, dezembro 19, 2017

Cresce clima de medo em Batalha, no Sertão de Alagoas


Se após a morte de Neguinho Boiadeiro o clima de medo se instalou em Batalha, com o assassinato do vereador Tony Carlos Silva de Medeiros, 34, o “Tony Pretinho” (PR), o temor tomou proporções maiores. Basta um carro de cor escura e vidros fumê passar pela rua que algumas pessoas, disfarçadamente, entram em casa e trancam as portas. À noite, são poucas as famílias que mantêm o costume de conversar na calçada. A partir das 19h30, as ruas estão praticamente desertas.

“Se eu falasse que não sinto medo, estaria mentindo para mim mesmo”, afirma o comerciante Helton Macedo (SD), suplente que deve assumir a vaga de Tony Pretinho. Presbítero da Assembleia de Deus – Missão e dirigente de congregação, afirma que não esperava assumir a vaga na Câmara de Vereadores de Batalha dessa forma.

“O que sinto é muita tristeza porque o Tony era um empreendedor, uma pessoa querida e respeitada, que está deixando uma lacuna não só na família dele, mas na população de Batalha. Oro por essa família e por nosso município”, completou.


O empresário prefere não se pronunciar sobre os casos, mas confirma que desde a morte de Neguinho Boiadeiro, no dia 19 de novembro, o clima no município não é dos melhores. “Desde acontecimentos passados, as igrejas têm orado, jejuado, e não vamos parar de clamar por paz na nossa cidade. Todos os cristãos estão mobilizados, pedindo a Deus que traga de volta os dias de alegria e de muita paz na nossa cidade”, declarou.

O vereador Tony Pretinho foi assassinado em frente à residência onde morava, vizinho ao Fórum da cidade e a poucos metros de distância da casa da família Boiadeiro, na noite da última sexta-feira. Ele estava encostado na moto, de costas para a rua, e na companhia do mestre de obras e da esposa dele, quando um Gol de cor preta e vidros fumê se aproximou, com pelo menos três ocupantes. Os primeiros disparos, de calibre 9 milímetros, foram deflagrados ainda no interior do veículo. Em seguida, um homem desceu e disparou mais vezes contra a vítima, usando uma espingarda calibre 12.

No local do crime há várias câmeras de segurança e pelo menos três delas estavam voltadas para a frente da residência do vereador. No entanto, as primeiras informações passadas pela família da vítima para a polícia foram de que as câmeras não estavam programadas para gravar o que se passava na rua.

Gazeta de Alagoas

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