quinta-feira, novembro 16, 2017

Cinco mil servidores já foram demitidos este ano nas prefeituras pernambucanas

De acordo com a Amupe, 5 mil servidores, entre comissionados e contratados, já foram demitidos este ano nas prefeituras pernambucanas. E a triste previsão é que novas demissões ocorram até o final de 2017.

O inferno da crise econômica brasileira tem derrubado vertiginosamente a aprovação de prefeitos em todo tipo de município. No vermelho, as prefeituras têm sido obrigadas a diminuir investimentos, contingenciar serviços públicos e, em última instância, cortar na carne, demitindo funcionários, a maioria, vale ressaltar, apadrinhados do prefeito da vez. Se tem uma coisa que deixa prefeito maluco é ter que demitir; sobretudo nas cidades pequenas, onde a maioria dos eleitores trabalha na prefeitura. É perda de voto na certa!

Em Pernambuco não é diferente. O assunto foi tema, anteontem, de uma Assembleia Geral Extraordinária da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Recife. Nas palavras do presidente da entidade e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, a reunião foi a “mais difícil dos últimos tempos devido às medidas drásticas necessárias que os gestores estão tomando para conter a crise: demissões, diminuição de cargos, corte de gratificação e dos serviços prestados à população”.


De acordo com a Amupe, cinco mil servidores, entre comissionados e contratados, já foram demitidos este ano nas prefeituras pernambucanas. E a triste previsão é que novas demissões ocorram até o final de 2017, aumentando ainda mais a massa de desempregados no Estado e no País. Isso sem falar na redução das políticas publicadas já defasadas há décadas.


Os prefeitos pernambucanos querem que a União envie um auxílio financeiro estimado em R$ 169 milhões para as que as prefeituras consigam honrar salários e pagar o 13º dos servidores. Em todo Brasil, o pedido de ajuda chega à cifra de R$ 4 bilhões.

A reunião da Amupe, que teve a participação de mais de 100 municípios, abriu em Pernambuco uma campanha da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) junto com as associações municipalistas. “Não deixem os municípios afundarem” é o tema da campanha. Contudo, pelos sinais que o Governo Federal tem dado, a boia não será jogada nem tão cedo. E as prefeituras chegarão mesmo ao fundo do poço. É um verdadeiro salve-se quem puder.

VENCENDO A CRISE – Na direção contrária da crise vemos bons exemplos no nosso Estado. É o caso do prefeito de Buíque, Arquimedes Valença, que está no seu quarto mandato. Buíque é um dos poucos municípios pernambucanos que está conseguindo manter pagamentos de funcionários em dia; além de obras, ações e a confiança de diversos setores. Desde o início de sua gestão, Arquimedes sabia do tamanho do desafio que enfrentaria, e, com toda a sua articulação e parcerias, está conseguindo reestruturar um município que está saindo dos piores índices na Saúde para um dos melhores, como mostra os levantamentos feitos pela Secretaria estadual de Saúde.

Blog do Magno

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