domingo, julho 16, 2017

CBHSF aprova projeto emergencial para minimizar efeitos da salinização da foz do São Francisco


A Diretoria Colegiada (Direc) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) realizou na sexta-feira (14 de julho), em Maceió (AL), seu segundo e último dia de reunião de trabalho. O vice-presidente no exercício da presidência, Maciel Oliveira, colocou em pauta para apreciação a demanda emergencial de dois projetos com vistas a minimizar os efeitos da salinização na foz do São Francisco. A iniciativa representa uma alternativa de solução para o conflito de uso que envolve a região estuarina do São Francisco e o problema da salinização na foz.

A diretoria votou por aprovar a execução do projeto apresentado pela Companhia de Abastecimento de Alagoas (Casal), para a construção de um reservatório-pulmão, ou seja, reservatório de água bruta no município de Piaçabuçu, em Alagoas, e a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no município; e o outro no município de Brejo Grande, em Sergipe, apresentado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para a construção de um pequeno trecho de estrada para garantir o abastecimento da população através de carro-pipa.

Ainda na condução dos trabalhos, o professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Melchior Carlos do Nascimento apresentou um estudo que poderá contribuir com a iniciativa do CBHSF para identificar os pontos de captação da água do São Francisco.

O trabalho deverá ser realizado com a utilização de drones. “Serão utilizados equipamentos com imensa capacidade de aproximação visual e de análise de imagens, que permite o levantamento de dados importantes, como identificação de pontos de captação, o equipamento utilizado, a geolocalização exata, entre outras informações”, informou Melchior. A diretoria do Comitê deverá definir quando o trabalho será iniciado.

Em outro ponto da pauta, houve discussão quanto ao andamento dos projetos de recuperação hidroambiental a serem executados pelo CBHSF. O presidente do colegiado, Anivaldo Miranda, mesmo em licença médica, participou do encontro e fez um relato de projetos executados pelo Comitê nas quatro regiões fisiográficas da bacia hidrográfica. “Os projetos devem nascer nas CCRs”, destacou Miranda. Ele anunciou que na próxima reunião da Direc deverá ser aberto o prazo para a inscrição de futuros novos projetos para execução pelo colegiado.

Anivaldo Miranda acrescentou, ainda, que cada projeto só começa a ser executado conforme lastro financeiro, bem como vários critérios técnicos. O secretário da CCR do Submédio, Almacks Luiz Silva, sugeriu a instituição de um mecanismo eletrônico para o recebimento e tramitação de propostas de projetos. A coordenadora da CCR do Alto São Francisco, Silvia Freedman, fez um relato de reunião realizada há aproximadamente 60 dias, na qual foram definidas questões como a abertura de nova fase de projetos.

O diretor técnico da Peixe Vivo, agência delegatária do CBHSF, Alberto Simon, também se reportou aos planos municipais de saneamento básico. “Os projetos contemplados estão em tramitação”, informou. A coordenadora da Câmara Técnica de Planos, Programas e Projetos (CTPPP), Ana Catarina Pires de Azevedo, apesar de não integrar a composição da Direc, participou da reunião e alertou para a necessidade de os projetos atenderem aos critérios que constam no Plano Decenal de Recursos Hídricos do São Francisco, documento atualizado e aprovado no ano passado.

Compõem a Diretoria Colegiada o presidente e o vice, Anivaldo Miranda e Maciel Oliveira, respectivamente, além do secretário do Comitê, Lessandro Gabriel, ausente devido a outros compromissos em Minas Gerais; e os coordenadores das Câmaras Consultivas Regionais (CCR) do Alto, Silvia Freedman; do Médio, Ednaldo Campos; do Submédio, Julianeli Tolentino, representado pelo secretário da câmara, Almacks Luiz Silva; e o coordenador da CCR do Baixo São Francisco, Honey Gama Oliveira.

Delane Barros/Ascom CBHSF

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