terça-feira, outubro 18, 2016

Polícia Federal deflagra operação mirando no grupo Aviões do Forró

Solange e Xand, da banda Aviões do Forró - Reprodução

No início da manhã desta terça-feira, a Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou uma nova operação contra fraudes no imposto de renda e lavagem de dinheiro que teriam sido cometidas por empresários do setor do entretenimento, responsáveis pelo agenciamento de bandas de forró e casas de show no estado do Ceará. A operação, batizada de "For All", mira no grupo empresarial A3 Entretenimento, que administra, entre outras bandas, o grupo Aviões do Forró.

Procurada pelo GLOBO, a banda enviou comunicado oficial: "A Banda Aviões do Forró informa que está à disposição da Polícia Federal e da Justiça e que colaborará com todos os questionamentos em relação à operação". Segundo os porta-vozes, o mesmo vale para a A3 Entretenimento. Criada em 2002, a Aviões do Forró é um dos maiores nomes do gênero no Brasil, com cerca de 30 shows por mês, e turnês pelos Estados Unidos e Europa. Na noite desta terça-feira, o grupo tem uma apresentação agendada em Floriano, no Piauí, que segue inalterada.

De acordo com a comunicação da PF, cerca de 260 policiais federais e 35 auditores estão cumprindo 76 mandados judiciais, sendo 32 de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza e Russas, no Ceará, e Souza, na Paraíba. Entre os alvos, estariam os cantores Solange Almeida e José Alexandre, conhecido como Xand Avião.

Segundo as investigações da Polícia Federal, há indícios de que os integrantes da organização evitavam o pagamento de impostos ao fornecer dados falsos ou omitindo dados relevantes em suas declarações de imposto de renda pessoa física e jurídica. O grupo ainda adquiria bens, como veículos e imóveis, sem declarar à Receita Federal. Os imóveis foram bloqueados e os automóveis serão apreendidos.


Também foram encontradas divergências sobre movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos declarados, pagamentos elevados em espécie, além das diversas variações patrimoniais. No decorrer da investigação, foram identificados indícios de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa, informa a PF.

O Globo

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