Islan participou de concurso que teve mais de 16 mil redações inscritas
O Sescoop nacional divulgou na terça-feira (17) o resultado do 9º Prêmio Nacional de Redação do Programa Cooperjovem. Foram seis vencedores e Pernambuco conquistou um dos prêmios da Categoria I, com o aluno Islan Gleidson dos Santos, estudante da Escola Municipal Djanira Dória, localizada na cidade de Jatobá, a 470 km do Recife. Sob o tema Cooperação: uma prática de igualdade, o concurso teve mais de 16 mil redações inscritas de escolas parceiras do programa em todo o Brasil. Os vencedores receberão, no mês de dezembro, troféu, notebook e, ainda, uma viagem a Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul.
Para a professora Vera Lúcia Barros, a premiação é um estímulo à continuidade do trabalho. "O olhar sobre a escola pública é negativo e resultados como esse ajudam a mudar essa realidade. Esse prêmio é uma perspectiva nova e nos faz acreditar que é possível fazer um bom trabalho com dedicação, com responsabilidade. Tudo muito simples. Não temos grande estrutura, mas corremos atrás de parceiros para concretizar as ações", afirmou a docente, que leciona as disciplinas de Português, História e Cidadania e acompanhou de perto a elaboração das redações. "O Islan tem um olhar sensível e teve capacidade de refletir sobre o trabalho inclusivo que implementamos este ano. Ele é um aluno com uma comportamento mais calmo, mas com um olhar crítico", afirmou.
A Escola Djanira Dória celebra o resultado, que expressa a dedicação dos professores em um projeto de inclusão, que passou a ser rotina nas salas de aula. Dentro do Projeto de Educação Cooperativa (PEC), a partir de março deste ano, a instituição desenvolveu uma série de atividades de forma a promover a inclusão dos seus 25 alunos especiais. Eles frequentam a escola por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que viabiliza os recursos materiais para a aprendizagem desses estudantes, mas por meio do PEC, intitulado Escola Excelente é Família Presente, a aprendizagem foi aliada à participação da família e à efetiva socialização dos alunos com os demais.
A instituição, que conta com cerca de 300 alunos, passou a estimular as práticas de inclusão, que aconteceram, diariamente, nas salas de aula e, também, em celebrações como Páscoa, São João e Sete de Setembro. "Não se pode trabalhar uma prática de igualdade sem a cooperação. Sem inclusão não se pode falar de igualdade. Como trabalhamos na vivência, com atividades práticas inclusivas, os alunos estavam aptos a desenvolver o tema na redação", afirmou a professora Vera Barros.
Para a coordenadora do Cooperjovem no município de Jatobá, Ana Moraes, o resultado é um grande motivo para celebrar. "Fazendo uma análise dos trabalhos realizados na escola de 2014 para 2015, houve uma qualidade e um avanço muito grandes. As redações deste ano foram muito boas e o PEC ajudou bastante nesse sentido. O prêmio do Islan é motivo de orgulho e muita comemoração", concluiu.
Por Vanessa Souza
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