quinta-feira, maio 28, 2015

ONS diz que térmicas não devem ser desligadas no curto prazo


O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Hermes Chipp, afirmou ontem (27) que não há perspectiva de desligamento das usinas térmicas no curto prazo. Chipp participou do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico com outras lideranças do setor.

As usinas térmicas são mais caras que as hidrelétricas, mas têm complementado a geração para preservar o nível dos reservatórios. Segundo Chipp, o motivo é a previsão de menos chuvas no período seco: "Não tendemos a paralisar nenhuma térmica tão cedo, porque neste período a chuva é pouca, e com essa afluência, a energia que entra, em média é muito baixa. Não há expectativa de parar térmicas no curto prazo".

Chipp afirmou que a perspectiva é que o nível dos reservatórios na Região Sudeste possa chegar a 20% em novembro. "Isso é muito positivo, mas ainda não é o ideal", disse o diretor, afirmando que a situação agora é mais confortável do que no ano passado, e classificando como "praticamente nulo" o risco de um racionamento. "Não falamos em risco nulo, porque não existe, mas a probabilidade é baixíssima".

O diretor do ONS destacou ainda que a carga do mês de maio ficou 2 mil megawatts abaixo da previsão que já tinha sido revista após as quedas registradas no quadrimestre janeiro-abril. Segundo Chipp, a revisão tarifária, medidas como a bandeira tarifária e o desempenho da indústria contribuíram para o resultado e uma nova revisão pode ser feita no final de junho.

O diretor-geral da da Agência Nacional de Energia Elétrica, Romeu Rufino, também disse não acreditar no desligamento de térmicas neste ano, mas afirmou que, no ano que vem, com a baixa da demanda e uma possível melhora do regime hidrológico, há perspectiva concreta de redução nas tarifas de energia no país.

"A perspectiva é de queda. Não tenho como quantificar e nem é próprio eu fazer", disse o diretor, afirmando que a queda deve ocorrer também por causa da renovação das concessões de hidrelétricas no modelo de cotas, que barateia a contratação. Até o próximo período úmido não há perspectiva de desligar as térmicas".

Agência Brasil

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