terça-feira, novembro 25, 2014

Estados participantes do Programa Água Doce debatem metas para 2015 em Brasília

Lançado em 2004, desde 2011 o PAD integra o Plano Brasil sem Miséria e o Programa Água para Todos, livrando comunidades de beber água em açudes de alta contaminação bacteriológica e, com tecnologia de ponta, "gera uma água de altíssima qualidade, com efetivas melhorias nas condições de vida da população"

Representantes dos nove estados que integram programa coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) reuniram-se hoje (25) em Brasília para a sexta edição do Encontro Nacional do Programa Água Doce (PAD). Até quinta-feira (27), no auditório do MMA, os participantes debaterão projetos já executados e estabelecerão metas para as atividades de 2015.

“Na primeira palestra, apresentamos a situação do semiárido, por conta da escassez hídrica, e todas as questões de impactos ambientais”, lembrou o coordenador nacional do PAD no MMA, Renato Ferreira. Segundo ele, os debates precisam incluir situações como o resgate da vegetação e problemas fundiários de cada região onde o programa atua.

Do encontro participam gestores, representantes de empresas que realizam as obras e as comunidades beneficiadas. A implantação do programa encontra-se em estágios diferentes nos estados que o integram. No Rio Grande do Norte, Ceará e na Paraíba as obras já foram iniciadas. Concluídos os diagnósticos necessários, Alagoas, Sergipe e Bahia passarão à fase de licitação. Já Piauí, Minas e Pernambuco assinaram recentemente o convênio e darão início aos diagnósticos da comunidade.

Conforme Renato Ferreira, aproximadamente 100 mil pessoas já foram beneficiadas. “O encontro marca o fim da primeira fase, que é o diagnóstico. Analisamos os dados ambientais e sociais do diagnóstico de campo e vamos nos preparar para que a fase de implantação de obras ocorra de forma adequada”, salientou. Segundo ele, os produtos finais do encontro serão o cronograma de execução institucional e o acompanhamento da execução das obras.

Com a evaporação das águas superficiais em localidades do semiárido, a subterrânea passa a ser, muitas vezes, a opção disponível para a população. A composição do solo pode transformá-la em imprópria para o consumo humano. De acordo com o coordenador do PAD, o sistema utilizado transforma a água salobra em potável. Acrescentou que o trabalho conta com instituições federais, estaduais e municipais e objetiva construir uma política pública permanente de acesso à agua.

“Tivemos cuidados técnicos, sociais e ambientais na implantação e gestão do sistema de dessalinização. É um programa de âmbito nacional, mas prioritariamente voltado para comunidades rurais do semiárido”, assinalou Ferreira.

Lançado em 2004, desde 2011 o PAD integra o Plano Brasil sem Miséria e o Programa Água para Todos. “O desafio é implantar a metodologia do programa, com aspectos sociais e ambientais, em 1,2 mil comunidades dos 300 municípios mais críticos do semiárido. Já realizamos o diagnóstico de 2,9 mil comunidades. Devemos atingir 3, mil até meados do ano que vem", adiantou.

De acordo com o coordenador, o programa tira a população de uma situação de beber água em açudes de alta contaminação bacteriológica e, com tecnologia de ponta, "gera uma água de altíssima qualidade, com efetivas melhorias nas condições de vida da população, diminuindo a mortalidade infantil e doenças de veiculação hídrica”.

Agência Brasil

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