sexta-feira, junho 28, 2013

"Por um novo cenário político para Petrolândia", artigo de Paulo Campos

Paulo Campos (à direita) (Foto: Assis Ramalho)
POR UM NOVO CENÁRIO POLÍTICO PARA PETROLÂNDIA
Paulo Campos*

Texto apresentado no “I Fórum por um novo cenário político para Petrolândia” realizado na noite desta quinta-feira(27) no Clube Velho Chico. Veja abaixo:

''Se os dois grandes líderes e adversários políticos de Petrolândia na década de 50 Caboco Lola e Amaro ressuscitassem hoje, iriam constatar que o cenário político de Petrolândia continua do jeitinho que eles deixaram, com uma diferença: Naquela época Vereador trabalhava pela comunidade como voluntário. Não era remunerado pelo povo que o elegeu. Tanto lá como agora o que se ouve do povo nas ruas é: -Pra que mudar? Se votarmos na oposição vão fazer a mesma coisa. Então é melhor deixar tudo como está. O poder de fogo de quem está no poder para comprar voto é maior.

Exigir, pressionar, nesse momento, (vejam bem: nesse momento) para que o prefeito cumpra as promessas de campanha não contribui para mudar o cenário político de Petrolândia. É uma tentativa de querer substituir uma forma superada de fazer política por outra contaminada pelo mesmo vício.

A quem interessa o confronto nesse momento? Cada partido político em Petrolândia tem um dono. Qual deles quer a reforma política? Reforma que acabe com as coligações? Que adote o voto distrital? Que permita que qualquer cidadão possa candidatar-se sem ser filiado a Partido Político? Reforma onde o mais votado seja o eleito? Reforma que não permita conchavos para eleger quem não representa os interesses do povo?

De que adianta continuarmos com um sistema político onde deputados garimpam comprando votos em todo o Estado não tendo assim obrigação de prestar contas a ninguém, pois não sabem quem representam. “Os eleitores não se lembram em quem votaram e os deputados não sabem quem os elegeu”.

O plebiscito virá e nós vamos ser convocados a votar para escolher qual é a reforma política que queremos. Se não começarmos a discutir agora poderemos perder a oportunidade de contribuir significativamente para que o povo de Petrolândia vote na proposta que mais contribua para o seu desenvolvimento. Para isso é importante que esqueçamos as divergências e arranhões de eleições anteriores. Dirijo estas palavras a todos, militantes e candidatos em todos os níveis.

À juventude militante deixo esta mensagem: Entre rochas e marés quem mais sofre é quem está no meio, o camarão. Quem hoje está do lado das rochas amanhã pode estar do lado da maré rindo do militante que ficou no meio''.

Petrolândia, 27 de junho de 2013.

*Paulo Campos é Prof. Aposentado pela UFPE. Mora no Projeto Icó Mandantes, Petrolândia Pernambuco.

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