quinta-feira, maio 17, 2012

Agência de Empregos de Petrolândia encaminha mais trabalhadores para Minas Gerais

Agenciadores Edvaldo e Carlenildo, ao lado das secretárias Aninha e Natália
A Agência de Empregos e Empreendimentos de Petrolândia (CLD) continua enviando trabalhadores de Petrolândia e região para trabalhar fora de Pernambuco. Nesta quarta-feira (16) a empresa enviou mais um ônibus, com um grupo de 48 trabalhadores, com destino à cidade mineira de Ouro Branco.

A reportagem do Blog de Assis Ramalho esteve no escritório da CLD para conferir a partida de mais uma turma, em busca trazer melhoria na qualidade de vida para suas famílias, e conversou com Edvaldo, gerente administrativo da obra de Ouro Branco (Paranasa). Ele fala sobre o drama de trabalhadores na hora da despedida de suas famílias, as condições que a empresa Paranasa  oferece aos seus empregados e a parceria com a empresa CLD de Petrolândia. Confira abaixo a entrevista:

Assis Ramalho: Edvaldo, como funciona esse trabalho de vocês, levando trabalhadores da região para bem longe?


Edvaldo: Assis, este trabalho é muito delicado porque nós estamos trabalhando com pessoas, e agora eu estou aqui, com essa parceria com o Carlenildo. Nós já encaminhamos uma turma de Picos (PI). Recentemente nós mandamos dois ônibus lotados daqui de Petrolândia e o quarto ônibus nós enviamos da cidade de Cabrobó.

Assis Ramalho: Há quanto tempo você trabalha neste ramo?

Edvaldo: Assis, eu já estou neste ramo há mais de 20 anos. Mas na região aqui do Nordeste, eu estou com mais ou menos 5 anos. Então eu posso dizer que já vi várias situações. A felicidade do trabalhador de querer buscar melhoras para sua família, o momento difícil que é o da despedida da família, com muitos choros. Às vezes bate a incerteza em alguns na hora da partida. Fica naquela "vou, não vou", mas ele sabe que tem que subir no ônibus e partir para a luta, porque está em jogo o futuro da família naquele momento.

Assis Ramalho: A sua responsabilidade não deixa de ser muito grande, não é mesmo, Edvaldo?


Edvaldo: Com certeza. A minha e a de Carlenildo, que é o agenciador aqui de Petrolândia. Ele é uma pessoa de confiança. A empresa em que eu trabalho se chama Paranasa. Ela se situa em Ouro Branco (MG), uma cidade próxima de Ouro Preto. Essa obra, é uma obra muito importante, é um laminador de chapa de aço, e esse laminador é uma lâmina gigante que corta as chapas de aço. O trabalho de seleção é um trabalho rigoroso, onde nós analisamos as carteiras profissionais para comprovar se realmente aquele candidato está exercendo essa função que está no registro na sua carteira.


Assis Ramalho: Como nasceu essa parceria com o agenciador Carlenildo?

Edvaldo: Olha, Assis, essa parceria nasceu de um simples telefonema da Secretaria entre o Carlenildo trabalha na Prefeitura (de Petrolândia), e o nosso encarregado do departamento pessoal de Ouro Branco, onde ele ligou perguntando se aqui na região tinha algum local que tivesse mão-de-obra, ou seja, uma agência de emprego. E o Carlenildo se interessou pelo assunto e começou a selecionar o pessoal, e a gente vinha aqui recrutar os trabalhadores.

Assis Ramalho: Edvaldo, eu tenho informações que a Paranasa em breve estará recrutando trabalhadores para a Paraíba. É verdade?

Edvaldo: Com certeza. A Paranasa é uma uma empresa autêntica. Ela está neste ramo de construção civil há mais de 30 anos. Ela tem três sócios lá de Minas Gerais, tem obra em Imperatriz (MA), em João Pessoa, e em breve estaremos levando trabalhadores para Paraíba e também para Fortaleza.

Assis Ramalho: Então daqui a pouco mais um ônibus estará partindo de Petrolândia para Minas Gerais.

Edvaldo: Exatamente. Daqui a mais ou menos quatro horas estará saindo um ônibus daqui de Petrolândia, com trabalhadores deixando suas famílias e sabendo que vão trabalhar muito longe de casa. Mas a Paranasa e a Agência de Carlenildo, nós damos todo o apoio, todo suporte de transporte, de alimentação para eles chegarem bem lá em Ouro Branco e já começarem a trabalhar.

Assis Ramalho: Qual o procedimento da empresa quando eles chegam lá?

Edvaldo: A empresa trabalha com toda responsabilidade. Chegando lá já têm alojamentos, já têm restaurantes para eles se alimentarem e, automaticamente, um dia após eles chegarem lá, eles já vão para exames médicos, e depois começam a trabalhar.

Assis Ramalho: Edvaldo, obrigado pela entrevista e boa sorte com a rapaziada.

Edvaldo: Eu é que agradeço a você, Assis Ramalho, em ter vindo aqui fazer essa reportagem que é de muita importância, e quero dizer que nós estamos levando mão-de-obra daqui do Nordeste, e a mão-de-obra do Nordeste é a mais forte que existe no Brasil.

Assis Ramalho: Só pra finalizar. Edvaldo, você é filho de qual estado?

Edvaldo: Eu sou um paulista e moro em Santos, mas sou filho de alagoano casado com uma paraibana.


Em Pernambuco IPA e Conselhos municipais agora vão definir rotas de carros-pipa

Atualmente, gestão é de responsabilidade da Secretaria de Agricultura.
Objetivo é coibir uso indevido da distribuição de água para vítimas da seca.


Eduardo Campos acredita que parceria levará
água para quem precisa 


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, assinou, nesta quarta-feira (16), o decreto que transfere a gestão dos carros-pipa para os conselhos municipais de desenvolvimento e para o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Atualmente, a coordenação é feita pela Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (Sara) e o IPA só executa. A medida será publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (17).
A determinação é uma forma de coibir o uso indevido da distribuição de água por meio de carros-pipa para abastecer a população atingida pela estiagem. Hoje, a operação conta com 670 veículos custeados pelo governo estadual, e esse número vai subir para 800. Para pagar as carradas nos próximos seis meses, o Estado liberou, de forma emergencial, R$ 36 milhões.
Ranilson Ramos espera diminuir irregularidade no
serviço de carros-pipa 


“Nós temos recebido muitas reclamações, inclusive já pelo novo serviço 0800, de desassistência dos carros-pipa. Isto é, tem carro autorizado para rodar, mas não está cumprindo a rota”, disse o secretário de Agricultura, Ranilson Ramos.
O presidente Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Brejo da Madre de Deus, Jalson da Silva, cita ainda outro problema. “A gente sabe que, em muitos municípios, principalmente no Agreste, políticos levam os carros-pipa para onde eles querem, para o lugar em que votam nele. Por isso, essa gestão compartilhada vai melhorar muito a distribuição de água. Quem melhor para definir o roteiro do que nós, que vivemos no local e conhecemos a realidade?”, questionou.
Além da gerência compartilhada, a medida também contará com um serviço de rastreamento, baseado na tecnologia GPS, para monitorar o roteiro dos carros-pipa. A Secretaria de Agricultura prevê que, dentro de 30 dias, todos os veículos terão rastreadores. “Dessa forma, o Estado vai gastar menos e as pessoas que mais precisam vão receber água”, destacou Eduardo Campos.
A Operação Carro-pipa também conta com 698 veículos do Exército, pagos pelo governo federal. A Sara informou que vai sugerir a divisão conjunta das rotas.

Inajá: Departamento de Homicídios lança campanha para prender grupo de Extermínio

Carlinhos é o líder de uma equipe formada por oito pessoas em Inajá. Eles são suspeitos de terem assassinado a dona de um posto de gasolina, Maria Madalena Bezerra Cabral
 
Coletiva do DHPP

O Departamento de Homicídos e Proteção à Pessoa (DHPP), através do disque-denúncia, lançou uma campanha para prender o líder de um grupo de extermínio, que atua no município de Inajá, no Sertão. Carlinhos, 27, é suspeito de ter mandado matar a dona de um posto de gasolina Maria Madalena Bezerra Cabral, 42, em julho do ano passado.

O suspeito e mais três integrantes do grupo arquitetaram o crime de dentro da prisão de Arcoverde, no Sertão. Eles foram soltos em novembro de 2011 devido à demora no processo. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Alfredo Jorge, Carlinhos responde por nove processos, sendo oito deles por homicídio.

De acordo com o delegado, o crime aconteceu após Maria Madalena denunciar o grupo aos policiais. Além de Carlinhos, também partiparam do assassinato Luís Carlos Chagas, 27, que foi o responsável pelo tiro contra a vítima; Heroneidson Allan Faustino, 23, conhecido como "Prego", motorista da moto que transportou Luís Carlos.



Além deles, também fazem parte do grupo Paulo Coelho de Lima, 49; Diogo Lacerda Pereira Filho, 26; Livon Ferraz de Oliveira de 29 anos; Murilo Pereira de Menezes, 27, irmão de Carlinhos. O pai do líder do grupo, o oficial de justiça Luis Manuel de Menezes, fugiu mas resolveu se entregar à polícia.

A recompensa para quem der alguma informação que leve a prisão de Carlinhos Beira Mar é de R$ 5 mil. Para os seus companheiros, a recompensa será de R$ 2 mil. As denúncias podem ser feitas, de forma anônima, através do disque-denúncia.